domingo, maio 08, 2005

Os anos vão passando...e o povo costuma dizer que com a idade vêm a sabedoria, a serenidade e a paciência. Talvez seja verdade mas, por qualquer razão que ainda desconheço, parece que comigo, as coisas não se passam bem assim. Aliás, parece que os meus ódios de estimação, tudo aquilo que eu mais detesto naquilo que me rodeia, tendem a crescer, aguçando o meu desejo de os espezinhar.
Hoje, neste preciso momento, neste exacto segundo, aquilo que me percorre nas veias é o maior desprezo pela mesquinhez e mediocridade humanas, tomem a forma que tomarem, e em quaisquer das suas manifestações.
Estou farto, mas mesmo farto, de conviver com pessoas mesquinhas, com pessoas cujas preocupações não passam duma área de 10 metros quadrados, com centro nos seus umbigos. E para azar dos azares, nasci num país, que tendo algumas coisas boas, uma das suas coisas mais decadentes é essa mesquinhez e esse estranho orgulho em ser medíocre e viver orgulhosamente só. E ainda por cima pequeno mas com as manias das grandezas. Não há pachorra!
E no meu dia-a-dia, em sítios onde pensava que estivesse o paraíso, a paz, o silêncio no meio de todo esse barulho que azucrina os meus ouvidos, acabo por encontrar sementes de mesquinhez a florescerem e treparem pelas paredes.
Meus amigos, enquanto a mediocridade subsistir nas nossas vidas, aquilo que Deus plantou no mais puro do nosso ser, não florescerá. Enquanto as ervas daninhas povoarem o nosso coração, não haverá espaço, para o Amor, a Tolerância, a Paz e a Serenidade crescerem em abundância.
Que venha um fogo imenso dizimar todos esses males. Que fiquemos em cinzas. Porque delas nascerá vida e será uma Vida Nova, uma Vida Pura.
E que eu consiga conviver com tudo isto em paz...